O sobrepeso requer atenção, e há diferentes formas de tratá-lo, entre elas, o balão intragástrico se destaca como excelente opção de tratamento temporário, que deve ser aliado à reeducação alimentar e a mudanças de hábitos. Emagrecer é um processo complexo para grande parte da população. Uma pesquisa feita nos EUA em 2014 apontou o Brasil como o quinto país com maior número de pessoas com sobrepeso, com mais de 50 milhões de pessoas brigando com a balança frequentemente.
O balão intragástrico
O nome remete exatamente ao material utilizado, um balão de silicone colocado dentro do estômago a partir de endoscopia, para inibir a fome e colaborar com o processo de emagrecimento, é uma técnica relativamente simples e minimamente invasiva.
O procedimento é feito na clínica e dura cerca de vinte minutos, ou seja, não é uma cirurgia e os riscos são mínimos à saúde.
O balão é inserido vazio pela boca e enchido em seguida, já no estômago; o paciente fica sedado e não sente dor alguma durante o procedimento.
Para ter ideia da eficácia, só no primeiro mês, pacientes chegam a perder dez quilos em média.
O balão ocupa partes do espaço interno do estômago, aumentando a sensação de saciedade mesmo com quantidades pequenas de alimentos, por isso é um ótimo aliado na reeducação alimentar.
Indicação balão intragástrico
Por ser uma técnica consideravelmente recente, ainda há preconceito em relação ao público ideal. Porém, não há mistérios!
A indicação é para qualquer pessoa que não consiga perder peso com facilidade e queira recomeçar o processo de emagrecimento com um novo método.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso do balão é permitido para pessoas com IMC superior a 27.
Isso porque o tratamento é médico e científico, com a colaboração de nutricionistas, psicólogos e educadores esportivos. Uma equipe multidisciplinar faz o acompanhamento com o paciente, que pode durar de seis meses a um ano, dependendo do tipo de balão.
Tudo para repensar a alimentação e indicar a nutrição adequada para cada pessoa, além de inserir atividades físicas regulares no seu dia a dia.
É de extrema importância fazer as consultas com o psicólogo para aprender quais são as dificuldades no processo do emagrecimento e trabalhar possíveis mudanças comportamentais.
Não é difícil encontrar pessoas que realmente perderam o vício em determinados alimentos e se acostumaram a consumir alimentos naturais. Dentro de uma dieta equilibrada é possível desfrutar dos prazeres da alimentação, desde que o paciente aprenda a compensar e a ter uma alimentação balanceada.
Balão intragástrico: efeitos colaterais e contraindicação
Nas primeiras 48 horas, em média, após a colocação do balão intragástrico, é comum sentir desconforto ou enjoo, porém, isso só acontece porque o organismo está em adaptação.
São receitados medicamentos que minimizam essas sensações. A utilização do balão intragástrico não é indicada a pessoas que já passaram por cirurgias no estômago, como hérnia de hiato, refluxo e redução do estômago.
Também não é indicado para dependentes químicos ou quem sofre de transtornos psiquiátricos graves.
Reeducação alimentar
Após a colocação do balão intragástrico, a palavra-chave é: responsabilidade.
O tratamento inclui:
- consultas com psicólogos, para garantir o controle da ansiedade e o controle de alimentação,
- assim como consultas com nutricionistas, a fim de dar continuidade ao controle alimentar, respeitando as preferências de cada pessoa, tentando se aproximar ao máximo do que for confortável para atingir os objetivos.
O importante é reaprender a se alimentar da forma correta para manter o peso ideal, praticando atividades físicas regularmente. Para mais informações e avaliações, uma consulta com gastroenterologista é indicada. Iniciamente, é preciso um checkup detalhado para uma avaliação diminuir os riscos e garantir que o tratamento será bem conduzido.
2 respostas
Correto! A única forma de emagrecer é melhorar a alimentação. Porém algumas pessoas não conseguem perder peso sem ajuda de tratamentos médicos.